Coração Republicano do Meio-Oeste Abraça Direitos ao Aborto em Meio à Luta Nacional

Eleitores em sete estados aprovaram emendas constitucionais estabelecendo o direito ao aborto em suas constituições estaduais, continuando uma ampla rejeição às proibições do aborto promulgadas desde que a Suprema Corte revogou Roe v. Wade.

Missouri, que foi o primeiro estado a oficialmente promulgar uma proibição do aborto após Roe ser revogado em 2022, tornou-se o primeiro estado onde os eleitores encerraram uma proibição nas urnas, com 52% aprovando a medida. Uma emenda semelhante foi aprovada por 57% em Montana, outro estado controlado pelos republicanos. Em dois estados disputados, Nevada e Arizona, medidas para consagrar o direito ao aborto foram aprovadas, com mais de 60% dos votos para cada uma.

Mas o movimento pelos direitos ao aborto também atingiu seus limites, estagnando em uma sequência vitoriosa em medidas de votação pós-Roe, à medida que os eleitores em três estados controlados pelos republicanos, Flórida, Dakota do Sul e Nebraska, rejeitaram emendas que estabeleceriam um direito constitucional ao aborto.

Mesmo enquanto comemoravam suas vitórias, os defensores dos direitos ao aborto alertaram que a segunda administração Trump poderia usar o poder federal para essencialmente invalidar as novas proteções em nível estadual.

O presidente eleito Donald J. Trump se vangloriou durante a campanha de ter revogado Roe — ele nomeou os três juízes…   que ajudaram a mudar a maioria da corte. E ativistas antiaborto fizeram planos para uma segunda administração Trump usar estatutos federais existentes para proibir pílulas abortivas e usar a 14ª Emenda para estabelecer a personalidade fetal, o que efetivamente criminalizaria o aborto em qualquer estágio da gravidez. Um Congresso controlado pelos republicanos poderia buscar aprovar uma proibição federal do aborto.

Os opositores dos direitos ao aborto olharam para os resultados e viram vitória. "Apoiados pela indústria do aborto e seus aliados, Harris e Walz fizeram campanha com fervor fanático sobre o aborto — e os eleitores os rejeitaram", disse Carol Tobias, presidente do National Right to Life.

E os democratas que esperavam que o apoio às medidas de votação também impulsionasse seus candidatos à vitória ficaram em grande parte desapontados.

Os grupos que apoiaram as medidas vencedoras, no entanto, disseram que as vitórias, mesmo em estados que votaram fortemente em favor do Sr. Trump, foram um sinal claro de que a maioria dos americanos, independentemente do partido, idade ou gênero, não querem que o governo restrinja o aborto.

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