‘A ordem social pode entrar em colapso’ na era da IA, afirmam duas grandes empresas japonesas

A maior empresa de telecomunicações do Japão e o maior jornal do país apelaram a uma legislação rápida para restringir a inteligência artificial generativa, dizendo que a democracia e a ordem social podem entrar em colapso se a IA não for controlada. O manifesto das empresas japonesas, embora apontando para os benefícios potenciais da IA generativa na melhoria da produtividade, adoptou uma visão geralmente céptica da tecnologia. Sem dar detalhes, afirmou que as ferramentas de IA já começaram a prejudicar a dignidade humana porque as ferramentas são por vezes concebidas para chamar a atenção dos utilizadores sem levar em conta a moral ou a precisão. A menos que a IA seja restringida, “na pior das hipóteses, a democracia e a ordem social poderão entrar em colapso, resultando em guerras”, afirma o manifesto. Afirmou que o Japão deveria tomar medidas imediatas em resposta, incluindo leis para proteger as eleições e a segurança nacional do abuso da IA generativa. Está em curso um esforço global para regulamentar a IA, com a União Europeia na vanguarda. A nova lei da UE apela aos fabricantes dos modelos de IA mais poderosos para os submeterem a avaliações de segurança e notificarem os reguladores sobre incidentes graves. Também está previsto proibir o uso de IA de reconhecimento de emoções em escolas e locais de trabalho. A administ…  ração Biden também está a intensificar a supervisão, invocando poderes federais de emergência em Outubro passado para obrigar as principais empresas de IA a notificar o governo quando desenvolverem sistemas que representem um sério risco para a segurança nacional. Os EUA, o Reino Unido e o Japão criaram institutos de segurança de IA liderados pelo governo para ajudar a desenvolver diretrizes de IA. Ainda assim, os governos das nações democráticas estão a lutar para descobrir como regular o discurso alimentado pela IA, como a actividade nas redes sociais, dadas as protecções constitucionais e outras para a liberdade de expressão. A NTT e o Yomiuri disseram que o seu manifesto foi motivado pela preocupação com o discurso público. As duas empresas estão entre as mais influentes do Japão na política. O governo ainda possui cerca de um terço da NTT, anteriormente o monopólio telefônico controlado pelo Estado. O Yomiuri Shimbun, que tem uma circulação matinal de cerca de seis milhões de exemplares, segundo dados da indústria, é o jornal mais lido do Japão. Sob o falecido primeiro-ministro Shinzo Abe e seus sucessores, a linha editorial conservadora do jornal tem sido influente em pressionar o Partido Liberal Democrata, no poder, a expandir os gastos militares e aprofundar a aliança do país com os EUA. IA generativa desde o ano passado em um grupo de estudo orientado por pesquisadores da Universidade Keio.